Chegaram os santos E os meus pecados são tantos Pego fogo à avenida E a quem traz medo da vida Chegaram as férias Aviadas as artérias Baila o tolo com a criança Toda a miúda linda dança Ai, a mim ninguém me pára Mês de Junho é mês de farra Não se nega uma aventura Ai, de mim niguém duvida Vai meu barco de saída Dar boas vindas à bravura Chegaram os novos Com saberes de muitos povos Vêm vergar a obra suada Valerão o que nos derem Chegaram os livres Minuciosos como ourives Diz que vêem mundos claros Têm paixões e modos raros Ai, a mim não me preocupa Quem viu céus incendiados Viu oceanos de secura Ai, até fico agradecido Para o sovado Para o traído Não há melhor que pedra dura Todos aos santos! Ai ó ai larilolela Todos ao Porto! Ver se a tradição impera Todos aos santos! Ai ó ai larilolela Todos a Alfama, ver se a tradição nos chama Vivas aos santos! Ai ó ai larilolela Vivas ao Porto!Onde a tradição impera Vivas aos santos! Ai ó ai larilolela Vivas a Alfama, onde a tradição nos chama Vivas ao novos! Ai ó ai larilolela Vivas a todos arribados a esta terra Vivas ao novos! Ai ó ai larilolela Vivas ao livres que hão-de herdar a nossa guerra |
Informações: • Disponível no álbum Roque Popular (2012). Letra e Música de Jorge Cruz. Produzido por Jorge Cruz. Misturado por Tiago de Sousa. Masterizado por Andy VanDette. Curiosidades: • Nos concertos de Diabo na Cruz, “Chegaram os Santos” é o momento em que o público habitualmente forma um comboio humano que dá voltas ao recinto/sala e acaba por parar em cima do palco, envolvendo a banda. Bernardo Barata sobre o comboio: «Ver as pessoas a soltarem-se e deixarem de lado os complexos com a aparência é sempre bom. É uma grande pimbalhada o comboio? É um bocado, mas faz bem à alma.» • João Pinheiro: «Há coisas que podiam ter sido mais feitas [no Roque Popular]. O Chegaram os Santos, por exemplo. Ficou rápida demais e só encontrámos o ritmo certo ao vivo. Agora está mais lenta e funciona muito melhor.» • A linha "Vai meu Barco de saída" é uma referência a O Barco Vai de Saída, canção contida no álbum Por Este Rio Acima (1982) de Fausto. Comentários: • «Chegaram os Santos é o hino deste disco. Já há muito tempo que não se fazia uma música em português tão agradável, com um pano instrumental tão rico e simples, onde se celebram os tempos de reunião em pleno Verão. Uma celebração contagiante, um tema que é difícil não ouvir várias vezes, com uma alegria que chega a ficar colada a quem ouve.» BandCom • «Chegaram os Santos arrisca um ska bem dançável e que se poderá tornar um caso sério de diversão, tendo todos os elementos necessários para ser um hino festivo-casamenteiro já no inicio do próximo Verão - à atenção das comissões organizadoras dos arraiais populares…» Bodyspace • «Com a bateria frenética por trás e os teclados que ora assumem um registo mais pop, ora – com um sorriso maroto – nos trocam as voltas invocam os bailes populares. Cheira a sardinha assada.» Rua de Baixo • «Uma canção a celebrar Junho, mês de farra e de Santos - o António de Lisboa e o João do Porto. Começa em modo de arraial maroto, com a rejubilante alegria de um teclado pimba, e descamba num valente refrão. Canções sem pudores e sem medo da vida fazem bem à alma.» Time Out Porto |
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